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O dia do milagre

Eles seriam os integrantes do gabinete do novo país e seu corpo legislativo até a eleição do primeiro Knesset (parlamento), composto por 108 homens, incluindo 3 representantes árabes, e 12 mulheres. O último a chegar foi Ben Gurion, 62 anos, acompanhado da mulher, Paula. As pessoas aglomeradas na entrada do Museu cobriram-no de aplausos e agitaram bandeiras. Por causa do sol forte e dos flashes dos fotógrafos, Paula tropeçou no primeiro degrau da escadaria, caiu e machucou a vista direita, sendo amparada pelo marido. Ficou todo o tempo da cerimônia com uma compressa feita com o lenço sobre o olho, molhando-a num copo de água gelada. Mesmo assim, foi traduzindo o texto da declaração do hebraico para o inglês para o jornalista Quentin Reynolds, que estava sentado ao seu lado.

Exatamente às 15 horas e 59 minutos, Zeev Sharef entregou a Ben Gurion o texto da declaração, a "certidão de nascimento" do Estado de Israel. A leitura começou, conforme previsto, às 16 horas: "A terra de Israel é o berço de origem do povo judeu..." Foram 17 minutos no decorrer dos quais foram lidas 979 palavras no idioma hebraico. Em seguida, Ben Gurion chamou o venerável rabino Yehuda Leib Ha-Cohen Fishman, trazido especialmente de avião de Jerusalém. O rabino, de 74 anos, recitou com a voz trêmula a prece Shehecheianu: "Bendito seja D'us, Rei do Universo, que nos manteve, nos conduziu e nos trouxe até este dia". Após a oração, Ben Gurion anunciou o primeiro decreto do recém-nascido Estado de Israel: estava anulado o White Paper, documento britânico que impedia a entrada de judeus na Terra Santa. Um dos signatários, Chaim Shapira, recordou anos depois: "Quando completei a minha assinatura, tive a nítida sensação de que estava acontecendo um milagre". E Sharret lembrou: "Na hora da assinatura fiquei ao mesmo tempo excitado e com a sensação de alguém que está à beira de um penhasco, pronto para saltar". Naquela mesma noite, Ben Gurion anotou em seu diário: "O povo está feliz e eu estou tomado por presságios". E depois de receber um relatório sobre a precária situação militar que Israel enfrentava, disse a Paula: "Sinto-me um consternado entre os exultantes".

Naquele momento, a Casa Branca havia recebido uma carta de Eliahu Epstein, antes submetida à aprovação de Clifford, com cópia para George Marshall, que dizia: "Caro Senhor Presidente. Tenho a honra de notificá-lo de que o Estado de Israel foi proclamado como república independente, dentro das fronteiras aprovadas pelas Nações Unidas em sua resolução de 29 de novembro de 1947, e que foi formado um governo provisório incumbido de assumir direitos e deveres para preservar a lei e a ordem dentro das fronteiras de Israel e com a missão de defender o país contra agressões externas. O Ato de Independência se tornará efetivo um minuto depois das dezoito horas do dia 14 de maio de 1948, hora de Washington. Com pleno conhecimento dos profundos laços de simpatia que sempre existiram, nos últimos trinta anos, entre o governo dos Estados Unidos e o povo judeu da Palestina, estou autorizado pelo governo provisório do novo estado a estender-lhe esta mensagem na esperança de que sua administração reconheça e receba Israel na comunidade das nações. Respeitosamente, Eliahu Epstein, Representante do Governo Provisório de Israel".

Logo em seguida veio uma resposta: "Tenho a honra de acusar o recebimento de sua carta datada de 14 de maio, às 6 horas e 11 minutos, hora de Washington, e de lhe transmitir que o presidente dos Estados Unidos emitiu a seguinte declaração: Este governo foi informado de que um Estado Judeu foi proclamado na Palestina e que seu governo provisório solicitou o devido reconhecimento. Os Estados Unidos reconhecem o governo provisório como a autoridade de facto do novo Estado de Israel. Assinado: G.C. Marshall, Secretário de Estado".

A partir daquele instante a soberania e a continuidade do povo judeu na pátria de seus ancestrais tornavam-se irreversíveis.

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