"Infelizmente eles não respeitam a igreja, não se preocupam com nosso Deus"

Na Birmânia, os cristãos sofrem com a perseguição religiosa. Soldados oficiais atacaram as igrejas e casas, roubaram, agrediram e mataram muitos irmãos. A oração é a arma de defesa de melhor efeito contra os atentados.

Uma mulher em Mianmar (ou Birmânia) falou ao Christian Solidary Worldwide(CSW, sigla em inglês), sobre a terrível devastação que o exército birmanês provocou em sua aldeia. Soldados torturaram, agrediram e mataram civis, principalmente os cristãos, no Estado de Kachin - deixando as igrejas na mais completa ruína. 

A junta militar governante de Mianmar tem tentado convencer a população local de que suas ações para tomar o controle do país são pacíficas e democráticas. E é verdade que algumas mudanças foram feitas. Mas, enquanto agressões, assassinatos e destruições de igrejas permanecem na pauta de reivindicações de Kachin e outros estados, a realidade é, claramente, muito diferente.

Igrejas ocupadas e destruídas

"Os moradores tinham guardado alguns de seus bens nas igrejas, pensando ser um local seguro, mas as tropas da Birmânia levaram tudo. Eles ficaram na igreja por três dias, e destruíram quase todo o lugar, fugiram pelo telhado e queimaram casas próximas à congregação”, narrou a mulher. 

Helen (nome fictício), já tinha fugido para um campo de refugiados quando prestou seus depoimentos ao CSW. "Nós nunca roubamos, destruímos ou desrespeitamos os templos budistas, mas eles fazem isso com as nossas igrejas”, disse.

Ela também contou que os soldados pegaram o dinheiro e os pertences dos moradores. Uma professora grávida tinha guardado 500 mil kyats (aproximadamente 500 dólares americanos) para o nascimento do bebê, mas as tropas usurparam suas economias. Quando ela insistiu para que o dinheiro fosse devolvido, eles lhe devolveram uma pequena parte e mantiveram o restante.

"Eu quero dizer ao mundo que o Exército Birmanês nos discrimina"

O apelo sincero de Helen ressalta o quanto é importante o trabalho de sensibilização da Igreja Livre em intercessão pela Igreja Perseguida. É imperativo que a justiça seja aplicada e o regime birmanês não escape com as meias-verdades que tem divulgado. Os cristãos precisam tomar conhecimento do sofrimento de seus irmãos em Kachin e agir em favor deles, seja orando, doando ou indo até lá. 

Essa é a história de Helen, mas há milhares de outros como ela pelo mundo afora. Não deixe que suas vozes sejam silenciadas.

Fonte: Missão Portas Abertas