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Sakineh assinou confissão sem saber conteúdo, diz ex-companheira de cela

A iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, que havia sido condenada à morte por apedrejamento por adultério, assinou uma confissão dos crimes dos quais é acusada sem saber o que fazia, já que é quase analfabeta, relatou uma ex-companheira de cela.
   
A jornalista Shahnaz Gholami, que esteve presa com Sakineh por 99 dias entre 2006 e 2007 suspeita de ser opositora ao regime do presidente Mahmoud Ahmadinejad, contou à ANSA que o documento firmado pela iraniana estava escrito em farsi, língua quase desconhecida por ela, que compreende só azerbaidjano.

Assim que lhe foi informado o que tinha assinado, desmaiou na cela e por vários dias se recusou a comer e beber", relatou Gholami à margem do evento Neda Days, iniciativa sobre discriminação feminina no Irã organizada por opositores ao governo do país na província italiana de Pordenone.
   
O caso da mulher de 43 anos atraiu a atenção do mundo inteiro, em uma campanha de direitos humanos que mobilizou governos e entidades. Considerada culpada de adultério pela Justiça, ela foi condenada à morte por apedrejamento, mas a pena acabou sendo suspensa no início de setembro. Além disso, Sakineh também é acusada de ter sido cúmplice no homicídio do companheiro.
   
Segundo Gholami, a ex-companheira de cela sempre se proclamou "inocente" e contou "não ter jamais traído o marido". "E que ele não foi assassinado, mas morreu acidentalmente em casa, tendo sido fulminado sob a ducha", completou ela.
   
De acordo com a versão oficial do governo iraniano, o homem morreu "por injeção de uma ampola e choque elétrico durante o banho". Sakineh teria planejado o assassinato e ministrado a ele um sonífero.
   
A porta-voz do Comitê Internacional contra o Apedrejamento, Mina Ahadi, denunciou hoje que "há três semanas" o filho da iraniana, Sajjad Ghaderzadeh, que foi preso pelas autoridades locais junto ao advogado da acusada, "está sob tortura".
   
"Não foi fixada a data do processo. O rapaz continua preso e isolado em uma cadeia secreta nas proximidades de Tabriz. Nem mesmo a família está em condições de contatá-lo. E há três semanas está sendo brutalmente agredido pela polícia iraniana", continuou ela, que também compareceu ao evento em Pordenone.
   
De acordo com Ahadi, o jovem não tem representante legal, pois "ninguém quer defendê-lo porque há o medo de ser preso", mas o comitê contra o apedrejamento "buscará lhe dar um advogado internacional".
   
A opositora iraniana assinalou que o governo de Ahmadinejad "deu um passo em falso" ao prender Sajjad, "porque o rapaz é claramente inocente". "Sua única culpa é ter falado comigo e com a imprensa internacional", explicou a porta-voz.
   
Há alguns dias, Ahadi enviou uma carta aberta ao presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, convidando os 27 Estados da União Europeia (UE) a escrever um documento pedindo "a imediata libertação" de Sakineh, Sajjad, do advogado Javid Houtan Kian e de dois jornalistas alemães -- os quatro foram detidos todos juntos, durante uma entrevista com o filho da iraniana e seu representante legal, em 11 de outubro.

Fonte: Opera Mundi