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Desespero dos refugiados cristãos no Curdistão iraquiano

Um terreno do bairro cristão de Erbil, no Curdistão iraquiano foi convertido em acampamento de mais de 200 famílias cristãs, que fugiram dos milicianos extremistas do grupo estado islâmico.

O número de cristãos e yazidi obrigados a fugir de Mossul (segunda cidade do Iraque ) para salvar a vida, não tem precedentes na história do Médio Oriente.

Os jihadistas ocuparam a cidade no dia 10 de junho, expropriaram todos os bens e expulsaram os sobreviventes não convertidos à escravatura em nome do seu Islão.

Reduzidos a uma existência miserável, preparam-se para enfrentar o inverno em tendas, sem proteção suficiente contra o frio, sem proteção eficaz.

A euronews ouviu alguns refgiados sobre o seu desespero e receios:

Soham Yakoub – É um sofrimento a cada instante. Não podemos dormir. Ontem, choveu. O barulho da chuva parecia o de pedras a caírem sobre as tendas. O meu filho disse-me, esta manhã, que queria regressar a casa, que queria ir hoje. Respondi-lhe: “mas como queres que regressemos? Sonhaste com isso?” Ele olhou-me, sem dizer nada. Talvez, durante o sono, tenha sonhado que regressávamos a casa.

Uma tenda para duas famílias. Falta espaço e as infraestruturas são quase inexistentes. As igrejas cristãs asseguram, como podem, o fornecimento de água e alimentos.
Também propõem animação para as crianças e apoio espiritual.
Colmatam as falhas das instituições internacionais. As próprias famílias insurgem-se contra a inação da comunidade internacional e das organizações humanitárias. Não compreendem porque chega tão pouco dinheiro para os ajudar, quando há somas consideráveis que foram desbloqueadas para lutar contra o grupo do autoproclamado estado islâmico.

Asrar Walid – A vida é dura, aqui. Sofremos muito quando chove. Não há máquinas de lavar, não temos dinheiro, não temos nada. Pedimos a quem nos vê de longe, sem se preocupar verdadeiramente com a situação, que nos ajude a saír do Iraque. Como vêm, no Inverno, a água infiltra-se nas tendas.

Fadia Salem – Deixámos as nossas casas na região de Qaraqosh. Não somos os únicos. Foram todos embora. Se tivémos sido protegidos pelas forças internacionais não tínhamos vindo viver aqui, nestas tendas. Mas, na realidade, há uma ajuda internacional?

O bispo da Arquidiocese da Igreja Caldeia Cristã do Iraque, Douglas Bazi, também padre na paróquia de Mar Eliya, pede ajuda para os refugiados cristãos e para todas as minorias perseguidas no Iraque.

O padre foi raptado em 2006, mas foi libertado nove dias depois. No mesmo ano, foi ferido em dois atentados contra a sua igreja no norte de Bagdad.

- Quando a vossa história e o vosso nome são apagados, aí sim, podemos, verdadeiramente, falar de genocídio. Os que sofreram mais, com o que aconteceu em Mossul, foram os yazidis e os cristãos. E não estou surpreendido. Se o grupo estado islâmico mata quem pertence à própria religião, que dizer das pessoas de outras religiões e dos ateus!

Uma ONG francesa, que recolhe donativos para o Iraque, divulgou que, desde agosto, contabilizou a chegada a Erbil de 120 mil cristãos, yazidis, kakaïs e shabaks, entre os quais, 18 mil crianças.

O correspondente da euronews, Mohammed Shaikhibrahim, conclui – Não têm nenhum papel militar nos conflitos políticos. Viviam nas suas casas, em paz. Acabaram como refugiados em diferentes países, alvo da pior limpeza e êxodo étnico jamais vistos no Médio Oriente.

Fonte: Euronews