Comitê religioso ganha autoridade legal na Tunísia
O comitê foi formado por extremistas islâmicos depois da revolução que aconteceu no país. Eles receberam o poder para manter a sociedade dentro do padrão e nas virtudes islâmicas. Um membro do governo disse que nenhuma autorização ou reconhecimento foi concedido para essa finalidade.
Mas agora, ministro do Interior da Tunísia, Ali Larayedh, que também é presidente do partido islâmico Ennahda, deu legalidade para que esse comitê atuasse no país. Ele batizou o grupo com o nome “Associação de Sensibilização e Reforma Centrista” (CAAR), em uma tentativa de fazer o comitê não parecer tão radical.
Em uma declaração reveladora de qual seria a postura da CAAR, o líder do comitê, Adel Almi, disse em uma rádio tunisiana que “mulheres que não usam o véu islâmico em seu dia-a-dia merecem queimar no inferno”.
O CAAR é dividido em três grupos: um cuida da lei islâmica, outro realiza estudos sobre as religiões do país e o terceiro atua em assuntos jurídicos. Nesse pouco tempo já se ouvem relatos de mulheres que foram agredidas por não estarem vestidas “da maneira correta”.
A legalização desse comitê mostra uma possível imagem de como a Tunísia pós-revolução está sendo formada. Em 20 de fevereiro foi anunciado que a Constituição do país seria alterada, e a Sharia (lei islâmica) seria a principal fonte para formar as novas leis.
Ore pelos cristãos e pela Igreja na Tunísia, para que Deus fortaleça cada um deles nesse período de definições de governo e mudanças de leis. Peça que Deus possa protegê-los de todo ataque feito pelos extremistas muçulmanos.
Fonte: Missão Portas Abertas