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Carro alegórico com imagem religiosa gera impasse entre Beija-Flor e Igreja Católica

Preocupada com o uso de símbolos religiosos no carro que levará o cantor Roberto Carlos pela Sapucaí, neste segundo dia de desfiles do Carnaval carioca, a Arquidiocese do Rio tem vistoriado sua execução e sugerido mudanças à Beija-Flor.
Na sexta, quando já estava quase tudo pronto, equipe da arquidiocese percorreu o barracão da escola fotografando a alegoria. As fotos foram levadas para a avaliação do arcebispo do Rio, dom Orani João Tempesta.
Segundo a escola, mudanças foram feitas. Para que a imagem de Jesus não ficasse tão evidente (a igreja não quer misturar a imagem sagrada com o Carnaval), ela foi descaracterizada: ganhou asas e teve os cabelos clareados para virar um anjo.
As esculturas de Nossa Senhora receberão véus transparentes e passarão pela avenida com o rosto coberto.
Não é a primeira vez que Beija-Flor e igreja se estranham. Em 1989, após ter a estátua do Cristo Redentor proibida pela Justiça, a pedido da igreja, Joãosinho Trinta a cobriu com plástico, cercou o carro de "mendigos" e fez do enredo "Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia" um desfile antológico.
Segundo o carnavalesco da escola, Fran Sérgio, não há como falar do cantor sem mostrar sua fé. Ele é autor de músicas religiosas como "Luz Divina", em que canta: "Essa luz é claro que é Jesus".
A Beija-Flor tem como forte concorrente neste segundo dia o Salgueiro, cujo enredo é inspirado no cinema -a escola irá mostrar o Rio como cenário. Uma das fantasias já causou desconforto. Os ritmistas da bateria irão vestidos de policiais do Bope, como em "Tropa de Elite".
O morro do Salgueiro, onde mora grande parte dos integrantes, foi ocupado pelo Bope em julho. Ritmistas queixaram-se, mas ao que parece, tudo foi resolvido.

PRIMEIRA NOITE

Até a conclusão desta edição, São Clemente e Imperatriz tinham desfilado ontem. Frias e sem empolgar, as duas escolas tiveram em suas comissões de frente o ponto alto da apresentação.
Na Imperatriz, bailarinos faziam malabarismos em camas elásticas e se transformavam de médicos, enfermeiras e doentes em palhaços, com rápidas mudanças de roupas. Já na da São Clemente, a aposta ficou por conta de evoluções em bicicletas e pranchas de surfe.
A terceira escola a desfilar seria a Portela, atingida por um incêndio há um mês, que destruiu 1.500 fantasias e esculturas. "Conseguimos recuperar quase tudo o que foi perdido", disse Nilo Figueiredo, presidente da escola.

Fonte: Folha de S. Paulo