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Irmão do papa Bento 16 é inocentado de abuso sexual

CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O Vaticano disse neste sábado que os dois casos de abuso sexual ligados a um renomado coral na Alemanha não coincidem com o período de trinta anos em que o irmão do papa Bento 16 esteve à frente da catedral.

Depois que casos de abusos em escolas jesuítas na Alemanha vieram à luz no mês passado chocando o país, a Igreja Católica revelou na sexta-feira acusações contra padres que teriam espancado e abusado sexualmente de meninos em pelo menos três escolas na Bavária.

O jornal do Vaticano, L'Osservatore Romano, publicou no sábado uma declaração do Bispo de Regensburg, Gerhard Ludwig Muller, dizendo que um caso de abuso do diretor-assistente de uma escola primária ligada ao coral foi detectado em 1958.

O clérigo foi prontamente afastado e processado, disse o comunicado.

Outro padre, que trabalhou com o coral da catedral em 1958 durante sete meses, foi culpado de abuso sexual 12 anos mais tarde. Uma investigação está sendo conduzida agora para determinar se ele cometeu algum abuso durante seu tempo com o coral.

"Ambos os casos foram tornados públicos na ocasião e podem ser considerados encerrados no sentido legal. Eles não coincidem com o período em que o reverendo Georg Ratzinger esteve no cargo (1964-1994)," disse o comunicado.

A diocese disse em uma declaração na sexta-feira estar investigando as acusações de abuso sexual, espancamento e humilhação de três homens no início dos anos 1960, quando freqüentaram internatos ligados ao coral.

O Vaticano afirmou apoiar integralmente a diocese de Regensburg em sua decisão de investigar aberta e decididamente o assunto e que a principal preocupação da Igreja é proporcionar justiça a quaisquer vítimas.

A diocese, onde o papa ensinou teologia na universidade entre 1969 e 1977, disse na haver casos de abuso no momento e que irá investigar todas as acusações passadas.

(Reportagem de Daniel Flynn)


Fonte: UOL Notícias