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AVC: tratado em até 4 horas é possível atenuar as sequelas do “derrame”

“O AVC ocorre quando há o entupimento ou o rompimento em alguma parte do sistema de vasos sanguíneos que irrigam o cérebro, especialmente no sistema arterial [vasos que saem do coração e irrigam todo o corpo]”, explica Li Li Min, médico e pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

“A grande maioria, em torno de 80% dos casos, é do tipo isquêmico, ou seja, quando há o entupimento desses vasos por algum coágulo – um corpo sólido como placas de gordura, por exemplo”, completa o pesquisador, que também é ligado ao projeto Cooperação Interinstitucional de Apoio a Pesquisas sobre o Cérebro (CInAPCe), da Fapesp. Os 20% restantes, diz Li, são relativos ao AVC hemorrágico, ou seja, quando há o rompimento desses vasos.

Ao ser privado do oxigênio trazido pelo sangue, uma parte do cérebro pode ficar lesionada e, dependendo de onde ocorrer essa lesão, as sequelas terão diferentes manifestações. Alguns pacientes podem ter problemas motores, com a fala (afasia), com a memória, entre diversos outros, e que podem acontecer todos de uma vez ou apenas isoladamente. Além dessas sequelas mais comuns, o AVC pode ocasionar diversos outros tipos de problemas (como a depressão) ou então levar à morte, dependendo da região atingida.

Seja rápido: “tempo é cérebro”

Até quatro horas após o início de um AVC, é possível reverter o quadro. Quanto mais rápido, maiores as chances do problema não deixar nenhuma sequela. O tratamento é feito à base de trombolíticos (substâncias que podem dissolver o coágulo) ou mesmo com equipamentos que removem mecanicamente a placa de gordura.

Li lembra a frase que é usada para sensibilizar as pessoas sobre o assunto: “tempo é cérebro!”. Quanto mais rápido for o atendimento, menores as sequelas deixadas pelo AVC, afirma.

“A abordagem é feita por uma equipe multidisciplinar e tanto o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ou 192, quanto diversos centros médicos no Brasil já estão preparados para esse tipo de intervenção”, explica Gabriel Freitas, da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares. [veja alguns locais abaixo]

Como reconhecer: FAST

“Primeiro é preciso que as pessoas próximas do indivíduo que está sendo acometido por um AVC reconheçam os sintomas. Em inglês, a sigla FAST descreve algumas características que facilitam esse reconhecimento”, alerta Li.

A letra “F” é de facial, caso haja alguma alteração nos músculos da face, como a “boca entortando”; “A” de arms, ou seja, se o paciente não consegue fazer movimentos motores coordenados e perde a força muscular nos braços ou algum outro membro; “S” de speech, quando o indivíduo começa a falar descoordenadamente; e finalmente “T” de time: não há tempo a perder para chamar o serviço de emergência.

“Além desses fatores, a pessoa que está sendo acometida por um AVC pode ainda apresentar fortes dores de cabeça, tontura e perda de visão”, acrescenta Li.

Controle dos fatores de risco

Gabriel Freitas explica que há fatores de risco envolvidos com as chances de ter um AVC. Alguns são controláveis, outros não.

“Primeiro a má notícia: quanto maior a idade, maiores as chances de ter o problema. Se você for afrodescendente, o risco também é maior. Já os descendentes de asiáticos possuem uma tendência acima da média de desenvolver um AVC hemorrágico”, enumera Freitas.

O especialista diz que o histórico familiar também pode indicar uma maior propensão. E no caso do gênero, há algumas predisposições naturais: mulheres jovens estão mais propensas ao aneurisma (uma dilatação irregular dos vasos, que podem se romper e causar um AVC), enquanto os homens são a maioria nos casos de AVC na idade adulta.

“Agora, os fatores que as pessoas podem, e devem, controlar são: parar com o tabagismo, optar por uma dieta com pouca gordura e balanceada, controlar a obesidade e fazer ao menos 30 minutos de exercícios diários. Quanto mais desses fatores você controlar, menores as chances de ter um AVC em algum momento da vida”, diz Freitas.

Onde encontrar ajuda

É possível encontrar informações sobre o atendimento ao acidente vascular cerebral na ONG “Rede Brasil AVC”. Entre os projetos está a criação da Rede Nacional de Atendimento ao AVC , com hospitais sendo capacitados em todos o país e interligados pelo SAMU.

Por Enio Rodrigo

Fonte: O que eu tenho?