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 Jovem, classe média e evangélicas viram público-alvo do PV

Pesquisas definem grupos predispostos a votar em Marina, e campanha adapta agenda, discurso e ações para atraí-los. "Ecologicamente corretos" gostam de tema ambiental; para estudantes, senadora é mostrada como "diferente", e fé sensibiliza as mulheres.

Com base em pesquisas de opinião, o PV identificou três tipos de eleitores mais simpáticos à candidatura de Marina Silva à Presidência. O levantamento virou uma espécie de bússola para os assessores que escolhem os compromissos dela nas viagens pelo país.

Apesar da afinidade, os grupos têm perfis bem diferentes entre si. São eles: a classe média "ecologicamente correta", os jovens entre 16 e 24 anos e as mulheres pobres e evangélicas.

Como a senadora disputará a eleição com pouco dinheiro e tempo de TV, a ordem é concentrar os esforços -e modelar o discurso de campanha- para conquistar o voto de quem já parece disposto a apoiá-la.

O esforço transparece na agenda. Na quinta-feira passada, Marina teve três compromissos em Curitiba: um encontro com lideranças empresariais, uma reunião com lideranças evangélicas e uma palestra para estudantes e professores de uma universidade privada. No dia seguinte, a fórmula foi reeditada em Londrina.

"Estamos dando prioridade aos segmentos em que ela tem maior potencial para crescer nas pesquisas", resume o ex-deputado Luciano Zica, da Executiva Nacional do PV.

Na campanha, o primeiro nicho é chamado de "classe média iluminista". São empresários, profissionais liberais e intelectuais antenados com a causa verde. É a plateia que mais se entusiasma com o discurso a favor do desenvolvimento sustentável e da "descarbonização" da economia.

A bandeira ambiental também faz sucesso em reuniões fechadas com artistas e "formadores de opinião" já simpáticos ao PV. Uma tribo adepta do consumo "consciente", que compra alimentos orgânicos e exige selo de madeira certificada na hora de trocar a mobília.

O segundo grupo reúne estudantes e jovens que estão entrando no mercado de trabalho. São eleitores que, segundo as pesquisas, não se interessam pelo noticiário de Brasília e consideram os políticos "farinha do mesmo saco". Para eles, Marina se apresenta como uma alternativa de renovação, diferente de "tudo que está aí".

A principal arma para conquistar esse eleitorado é a internet, daí o investimento em mídias como Twitter e blog.

Foram os jovens e a internet que, em 2008, deram a Fernando Gabeira uma arrancada nas últimas semanas da campanha.

O terceiro alvo do PV são as mulheres pobres e evangélicas. Com elas, a ordem é explorar a biografia de Marina, ex-empregada doméstica que se alfabetizou aos 16 anos, superou graves problemas de saúde e se converteu à Assembleia de Deus.

Em sessões de pesquisa qualitativa, a equipe tem se surpreendido com o poder de identificação que a senadora licenciada exerce sobre esse público. Mulheres que não conhecem a trajetória de Marina choram muito após assistir a um vídeo sobre sua vida. O tema será usado no horário eleitoral.

Fonte: Folha de São Paulo