CLÍNICA DE JESUS:  SAÚDE FÍSICA   -  ESPIRITUAL  -  MENTAL  E  FINANCEIRA.                                    JESUS SALVA  -  JESUS CURA  -  JESUS BATIZA NO ESPÍRITO SANTO  -  JESUS ARREBATARÁ A SUA IGREJA

Igreja no PR acolhe imigrantes haitianos

Estado tem cerca de 400 haitianos que vieram para cá em busca de trabalho e estudo; Pastoral faz primeiro atendimento a quem chega.

Desde o ano passado, cerca de 400 haitianos entraram no Paraná para fugir da terra natal, devastada por um terremoto em 2010. A maioria vai para Manaus (AM) e de lá segue para outras regiões do país.

Segundo a Secretaria de Justiça, os imigrantes estão legais no estado, ou em processo de legalização, já que o governo brasileiro decidiu acolher os refugiados no país. No entanto, muitos chegam sem qualquer perspectiva de crescimento. “Eles vêm sem dinheiro, documentação e desembarcam completamente perdidos”, afirma a voluntária da Pastoral do Migrante, Lúcia Bamberg, que atende em média oito pessoas por dia em Curitiba.

A entidade é ligada à Igreja Católica e presta uma ajuda imediata ao migrantes, como a doação de roupas, alimentos e também ajudam a encontrar um lugar para ficar. Além dos haitianos, a pastoral também atende a bolivianos, peruanos, colombianos e africanos, principalmente da Nigéria e Angola.

“A situação do povo africano é ainda mais complicada, porque eles vêm para o Brasil escondidos em navios, de forma ilegal”, avalia a voluntária. A estudante de fisioterapia Laurette Dernadinil, do Haiti, chegou ao Brasil há dois anos para estudar. Ela reclama da burocracia para regularizar a situação. “É preciso apresentar vários documentos e o processo é demorado e complexo. Tenho o visto de permanência, mas foi difícil conseguir”, diz.

Além de ter dificuldades para falar português, a imigrante, que veio de um país de muito calor, reclama também do frio de Curitiba. Depois que terminar os estudos, daqui a quatro anos, ela diz que já tem destino certo. “Vou voltar para o meu país, o Haiti. O ensino e as condições de vida do Brasil são muito melhores, mas eu sinto muita falta da minha terra e da família”, confessa.

Ajuda

O governo do Estado reconhece que não está preparado para atender a todos os imigrantes. “A última vez que vivemos isso foi depois da Segunda Guerra Mundial. Desde então, o Paraná não recebeu mais um contingente tão grande de estrangeiros”, afirma o coordenador dos Direitos da Cidadania da Seju (Secretaria de Justiça do Paraná), José Antonio Peres Gediel.

O governo do Paraná está formando um comitê para dar apoio aos imigrantes e refugiados que vivem no Estado. Embora não tenha dados de quantas pessoas entram no Paraná vindas de outros países, um grupo formado por seis secretarias estaduais quer melhorar as condições de vida dos estrangeiros.

“Uma das primeiras medidas será oferecer curso de português para os estrangeiros. As aulas devem começar no semestre que vem. Também vamos oferecer cursos profissionalizantes, porque alguns imigrantes vêm de outros países sem qualquer qualificação”, explica o coordenador da Seju.

Fonte: Missão em Cristo