CLÍNICA DE JESUS:  SAÚDE FÍSICA   -  ESPIRITUAL  -  MENTAL  E  FINANCEIRA.                                    JESUS SALVA  -  JESUS CURA  -  JESUS BATIZA NO ESPÍRITO SANTO  -  JESUS ARREBATARÁ A SUA IGREJA

Exposição ao sol durante infância aumenta chances de câncer de pele na idade adulta

Talvez você não saiba, mas o que irá determinar a aparição ou não de um futuro melanoma é a quantidade de sol que tomamos durante a infância e adolescência. Segundo o dermatologista Leonardo Abrucio Neto, do Hospital Santa Catarina, 80% da exposição de um indivíduo ao sol acontece durante esse período. “Antigamente não se falava sobre a proteção solar. Só descobrimos que o sol causa câncer de pele no século XX. E tem relação com a exposição solar durante a infância, principalmente nas regiões do corpo menos acostumadas com o sol, como o tórax. Vemos que pacientes com melanomas têm queimaduras solares intensas nessas áreas”, explica.

Um exemplo é o crítico de cinema Leon Cakoff, 63 anos, idealizador e codiretor da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Em 2002, Cakoff foi diagnosticado com um melanoma maligno. Tratada, a doença reincidiu, mas no final de 2010 ele foi diagnosticado com dois tumores malignos no cérebro. Em um artigo publicado em maio deste ano no jornal Folha de São Paulo, o crítico aponta o responsável por sua condição atual: o sol e seus excessos. “O quadro: infância pobre; férias e litoral, raramente. Quando ia, me estorricava com a ilusão de guardar o bronzeado pelo resto do ano. Voltava muitas vezes com bolhas de queimaduras nas costas. Protetor solar? Naquele tempo, bronzeador, quando muito”.

Protetor ou bloqueador?

Acabar com as dúvidas foi o objetivo da Food and Drug Administration (FDA), agência americana que regula alimentos e medicamentos nos Estados Unidos. Recentemente, a FDA determinou uma série de mudanças nos rótulos de protetores solares, entre elas a proibição de termos como “bloqueador solar”, “à prova d’água” e a denominação de “amplo espectro”, que promete proteção contra os raios nocivos UVA e UVB.

Segundo as novas regras, a proteção contra os raios UVA e UVB deverá aumentar na mesma proporção que os fatores de proteção solar (FPS), que deverão ser superiores ou iguais a 15. Os que passarem no teste poderão incluir em seus rótulos o seguinte texto: “Se usado como o indicado, pode reduzir o risco de envelhecimento precoce da pele e de câncer de pele, quando usado juntamente com outras medidas de proteção contra o Sol”. Entre as medidas estão o uso de roupas – como bonés e camisetas – e a proteção na sombra.

E se até o verão de 2012 estas mudanças já estarão acontecendo por lá, aqui no Brasil, pelo menos por enquanto, tudo permanece como está. Afinal, como escolher o produto certo para usar no seu filho?

Utilizando o sol a favor do seu filho

“Até os seis meses, a Sociedade Brasileira de Dermatologia não recomenda o uso, porque a pele do bebê é muito fina e imatura para metabolizar o protetor solar”, explica Abrucio. Isso significa que o bebê pode tornar-se alérgico aos componentes da fórmula do protetor. Nesse período, o ideal é evitar a exposição direta ao sol, utilizando bonés e chapéus.

O banho de sol, muito recomendado pelos pediatras, principalmente em casos onde a criança após o nascimento apresenta icterícia (amarelão) leve, deve acontecer em horários onde a radiação é menor, ou seja, antes das 10 horas e depois das 16 horas. “Mas quando estiver ao ar livre, a criança deve ficar sempre à sombra”, recomenda.

Um dos principais benefícios atribuídos ao sol é a produção e absorção de vitamina D, responsável por manter o nível de cálcio no sangue e a saúde dos ossos. “Vale lembrar que o leite materno fornece essa vitamina para o bebê, então não é necessário expor a criança ao sol”.

Passados os seis meses, já existem produtos específicos para crianças menores de 1 ano, os protetores infantis. “Eles têm uma maior concentração de filtros solares físicos, chamados inorgânicos, que provocam menos reação alérgica”. Estes protetores geralmente têm um fator de proteção solar (FPS) a partir de 30.

A diferença entre protetor e bloqueador está no fator de proteção. Quando o FPS é acima de 30, ele é considerado bloqueador solar. Os protetores ou bloqueadores também devem oferecer proteção aos raios UVA – responsáveis pelo envelhecimento da pele e que também podem causar câncer de pele – e UVB – que causam vermelhidão, queimadura solar e predispõem ao câncer de pele.

E o que vale para as crianças também vale para os adultos. “Além do câncer de pele, a exposição direta e excessiva ao sol diminui a imunidade, a elasticidade da pele, causa manchas e rugas”, finaliza.

por Marina Teles

Fonte: O que eu tenho?