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 Vaticano volta a condenar investigação em igreja da Bélgica

CIDADE DO VATICANO, 26 JUN (ANSA) - O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, classificou como "um sequestro, um fato inaudito e grave" a retenção de bispos belgas, feita por investigadores, durante nove horas na quinta-feira.

"Não há precedentes, nem mesmo nos regimes comunistas de antiga experiência", afirmou o religioso. "Ficaram sem comer e sem beber", ressaltou ele.

Há dois dias, as autoridades judiciais que investigam denúncias de pedofilia que envolvem sacerdotes belgas realizaram buscas no Arcebispado de Malines-Bruxelas e em uma catedral, violando túmulos.

Durante o tempo que durou a operação, os religiosos ficaram retidos no local. Ontem, o Vaticano divulgou uma nota na qual condenou a forma como foi conduzida a iniciativa e a abertura das tumbas.

O porta-voz da procuradoria responsável pelas investigações, Jean-Marc Meilleur, refutou as acusações de Bertone, dizendo que os bispos "comeram e beberam" durante o tempo em que ficaram retidos.

"As buscas foram conduzidas por profissionais que conhecem muito bem seu trabalho e respeitam os direitos das pessoas", refutou ele, em entrevista à imprensa local.

O serviço de imprensa do arcebispado divulgou uma nota comunicando que a atividade administrativa e informativa do local, sede central da Igreja belga, está bloqueada depois das buscas e apreensões feitas pela polícia.

Os investigadores teriam recolhido 475 processos relativos a testemunhos sobre casos de abusos sexuais, além dos aparelhos de informática utilizados para alimentar o site do arcebispado e para a gestão dos assuntos cotidianos.

Ainda hoje, o jornal dos bispos italianos Avennire publicou um editorial condenando a ação realizada na sede do arcebispado. "Uma blitz na cripta de uma catedral, como se fosse o coração de uma organização criminosa", criticou a publicação.

"Não está em discussão a legalidade das investigações, nem a exigência de chegar à verdade se foram cometidos abusos, mas nesta blitz na catedral, na violação das tumbas de dois arcebispos da diocese de Bruxelas, se lê qualquer coisa que vai além da legítima exigência de justiça", apontou o Avvenire.

Fonte: ANSA