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Moradores de Newtown se refugiam na religião para se consolar de massacre

Cidade que foi palco do segundo maior massacre dos Estados Unidos tem apenas 27 mil habitantes

Cercada de bosques, colinas e rios, longe do barulho das grandes cidades, Newtown era uma "cidadezinha pequena e doce", até esta sexta-feira, quando um jovem de 20 anos cometeu um massacre em uma escola de nível fundamental , que deve marcar para sempre a vida de seus pouco mais de 27 mil habitantes.

De maioria anglo-saxã (mais de 90% da população, segundo o censo de 2010), Newtown e a vizinha Sandy Hook, se apresentavam como uma comunidade tranquila onde "todo mundo se conhece".

Newtown, essa cidadezinha do estado de Connecticut tem três séculos de história e um ar "britânico", como muitas localidades da costa leste dos Estados Unidos. Comprada dos índios no começo do século 18, foi estabelecida em 1711 e por ali passaram generais e tropas durante a Guerra da Independência dos Estados Unidos.

Em um local com muito pouca população negra ou hispânica, o presidente Barack Obama perdeu as eleições de novembro passado contra o adversário republicano Mitt Romney, que obteve 7.451 votos contra 6.784, segundo dados da prefeitura.

Entre os motivos de orgulho da cidadezinha está o The Newtown Bee, jornal semanal local que circula desde 1877 e que na sexta-feira foi o primeiro a publicar uma foto do que estava acontecendo na escola Sandy Hook.

Belas casas de madeira e tijolos distribuídas por colinas arborizadas, algumas lojas de roupas e presentes na rua principal, dois ou três restaurantes sem grandes pretensões, igrejas, um clássico 'diner' ao lado do posto de gasolina junto à estrada. Uma família em busca de paz não encontraria lugar melhor nos Estados Unidos para criar os filhos.

No entanto, na manhã desta sexta-feira, "o mal visitou esta comunidade", definiu com uma precisão brutal o governador de Connecticut, Dannel Malloy.

"Newtown, Connecticut, o segundo pior massacre da história dos Estados Unidos? Não é possível. Uma cidadezinha pequena, doce, bela... Incrível", repetia a si próprio Ray Horvath, um aposentado que participa de programas para cuidar das crianças antes e depois das aulas e que diz conhecer pelo menos 60 crianças que frequentam a escola Sandy Hook.

"Há uma cultura de morte no mundo e aqui vimos uma faísca. Vocês estão aqui porque algo está acontecendo", tentava explicar à imprensa o diácono Rick Scinto.

Na manhã de sábado, um dia ensolarado e frio, a cidadezinha, tomada de centenas de jornalistas que provocavam engarrafamentos e corriam atrás de cada morador, parecia querer sair timidamente e enfrentar o terrível pesadelo que está vivendo.

"Nosso amor e orações estão com nossa comunidade", "Abrace um professor hoje", "Deus abençoe Sandy Hook" diziam alguns cartazes escritos a mão e exibidos na rua principal.

Assim como Columbine, a escola de Littleton, Colorado (oeste), cenário de um massacre que a tornou famosa em todo o mundo, Newtown corre o risco de carregar a mesma fama sinistra e seus moradores sabem disso.

"Nós preferiríamos não ser lembrados por isso", disse este sábado, quase envergonhada, uma mulher de 50 anos, que não quis revelar sua identidade.

No momento, enquanto a comoção é forte demais, a comunidade se refugia na religião para tentar se reencontrar e seguir adiante. "Acho que precisamos seguir adiante. Nos unimos ao redor de quem está ferido e avançamos", disse o diácono Scinto.

Por isso e após a missa maciça da noite de sexta-feira na igreja católica Saint Rose of Lima, várias igrejas da região tinham previsto celebrar cultos este sábado em homenagem às vítimas.

Fonte: Missão em Cristo