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Adolescente acusada de blasfêmia no Paquistão não pode ir para casa

Detida no dia 17 desse mês, acusada de profanar o Alcorão, Rimsha tem cerca de 14 anos e é portadora de retardamento mental, conforme constatado por médicos oficiais. Muçulmanos exigiram a prisão da menina sob ordem da lei da blasfêmia que há anos é usada contra minorias religiosas no Paquistão.

“Rimsha Masih está muito próxima de ser inocentada da acusação de blasfêmia, mas nunca será capaz de voltar para casa”, diz o advogado da menina. Tahir Naveed Chaudhry (foto), assumiu a defesa da jovem cristã cujo caso repercutiu em debate internacional sobre a famosa lei da blasfêmia no Paquistão.

O especialista havia se declarado confiante de que Rimsha seria libertada sob fiança, ainda esta semana. Porém, a audiência que discutiu o caso nessa quinta-feira (30), durou apenas “alguns minutos”, conforme informado por Shamim Masih, um correspondente da ANS Paquistão e ativista dos direitos humanos; e foi adiada para o dia primeiro de setembro, sem uma decisão final. 

Naveed disse  à Portas Abertas que "uma junta médica atestou que ela tem 14 anos, embora seu registro na igreja revele que ela tem cerca de 11”. De acordo com a sétima sessão da Justiça Juvenil do Paquistão, Rimsha não é uma adulta e, portanto, seu caso deve ser transferido para um tribunal juvenil. “Ela ainda não tem maturidade nem para entender o conceito de blasfêmia”, argumentou o advogado.

"O relatório médico também apoiou nossa afirmação de que sua idade mental não é compatível com sua idade física", declarou Naveed. "Ambas as descobertas oficiais vão nos ajudar a provar que as acusações contra Rimsha têm sido erroneamente aplicadas e que ela deveria ser posta em liberdade sob fiança imediatamente”, concluiu.

Embora o advogado tenha dito que tem esperanças de que Rimsha logo poderá ver sua família novamente, Naveed disse que é igualmente certo que eles deverão enfrentar muita perseguição.

"Assim como todos os outros acusados de profanar o Islã, Rimsha e sua família não poderão retornar à sua casa, pois isso pode colocar suas vidas em risco", disse ele.

O pai da menina chegou até a apelar ao presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, pelo perdão a Rimsha. Em depoimento ao The Telegraph, ele disse ainda: “Somos uma família cristã, respeitamos os direitos religiosos dos outros. Nós simplesmente desejamos a segurança de nossa filha e nossa comunidade e gostaríamos que isso nunca tivesse acontecido".

Uma fonte do governo disse à Portas Abertas que agências de inteligência haviam advertido as autoridades que a permissão de libertar Rimsha, nesta fase, poderia aumentar a tensão religiosa local. "As agências têm aconselhado o governo a se opor à fiança de Rimsha e mantê-la sob custódia até que o assunto esfrie", disse a fonte.

De acordo com website Dawn (http://dawn.com), "blasfêmia é um assunto extremamente sensível na nação de 180 milhões de pessoas, em que 97 por cento da população é muçulmana, e os condenados por difamar o Islã ou profanar o Alcorão podem enfrentar prisão perpétua ou mesmo pena de morte”.

A reportagem acrescentou ainda: "Ativistas de direitos humanos afirmam que essas leis são, muitas vezes, utilizadas para resolver vinganças pessoais; no ano passado, dois líderes políticos foram assassinados, aparentemente por falar contra a legislação."

A Associação Cristã Britânico-Paquistanesa está organizando uma série de protestos por todo o Reino Unido contra este e outros casos de blasfêmia no Paquistão.

Pedidos de oração

1) Peça ao Senhor para que o advogado de Rimsha consiga a sua libertação.
2) Ore pedindo por paz na região, para que os conflitos religiosos sejam amenizados.
3) Clame pela segurança da família de Rimsha e por todos os cristãos que vivem no Paquistão, sob contexto de perseguição, por causa de sua fé. 
4) Interceda pelos cristãos presos devido a lei da blasfêmia.

Fonte: Missão Portas Abertas